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,26 Mar, 2013 O realizador português Miguel Gomes
vai presidir ao Júri de longasmetragens na 52ª edição da Semana
da Crítica de Cannes. Juntamente
com quatro jornalistas internacionais,
vai entregar o Grande Prémio
Nespresso da Semana da Crítica,
sucedendo desta forma a Bertrand
Bonello (que entregou o prémio a
Aquí y Alla, de Antonio Méndez
Esparza) e a Lee Chang-Dong (que
entregou o prémio a Jeff Nichols, pelo filme Take Shelter).
Miguel Gomes, que é já um nome reconhecido na indústria cinematográfica
internacional. Com apenas três filmes lançados, encarna na perfeição a missão
desta secção da Semana de Cannes: descobrir novos autores através de uma
primeira ou segunda obra e revelá-los no panorama internacional.
Sobre esta indicação para Presidente do Júri, Miguel afirmou estar muito orgulhoso
por poder apoiar um filme, premiando-o. «Embora esteja prestes a terminar uma
curta-metragem e a preparar a minha próxima longa-metragem, esta é uma
experiência à qual não posso resistir.»
Após ter estudado na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, Miguel Gomes
publicou alguns artigos sobre cinema na imprensa portuguesa. Depois de algumas
curtas-metragens, dirigiu em 2004 a sua primeira longa-metragem, A Cara que
Mereces, seguida da longa Aquele Querido Mês de Agosto, em 2008. Em 2012,
estreou o seu terceiro filme na Berlinale – Tabu -, que retrata a construção e o
declínio da imaginação popular ocidental. Arrecadou a vitória no International
Critics Prize, do FIPRESCI e no Alfred-Bauer Prize, atribuído por unanimidade,
reconhecendo a inegável qualidade do realizador.
A secção em causa não poderia ter melhor embaixador para entregar um dos sete
prémios da competição. Realizador na vanguarda de uma nova geração de
cineastas internacionais, cinéfilo interessado e ex-crítico de cinema, Miguel Gomes
está entusiasmado com a entrega do Grande Prémio da Semana da Crítica a um
realizador promissor.
«Como realizador e Presidente de um Júri de críticos internacionais de cinema,
pretendo ser muito democrático e aberto.» Miguel sublinha ainda que «Todos os
filmes propõem um pacto com o espetador: devem ser capazes de projetar o seu
próprio universo, a sua própria sensibilidade. É este o caminho que vou tentar encontrar nestas primeiras obras”, sublinha Miguel Gomes.