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PURINA organiza simpósio sobre medicina interna veterinária

Medicina veterinária Interna e Gastroenterologia
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A Purina acaba de organizar um simpósio subordinado ao tema “Eixo intestino cérebro e a modulação imunitária”, em Milão, Itália, que contou com a participação de mais de 90 médicos veterinários dedicados à área da medicina interna e gastroenterologia e que integrou a 29ª edição do Congresso Europeu de Veterinária de medicina interna para animais de companhia. 

A Purina tem desenvolvido estudos intensivos sobre probióticos, como podem melhorar a microbiota intestinal e suportar a saúde, investigando os vários mecanismos de ação. O simpósio possibilitou uma discussão sobre os mecanismos de ação dos probióticos, de como podem ajudar em patologias gastrointestinais como a diarreia, bem como o mecanismo de ação para a estimulação da imunidade, e o seu papel no eixo microbiota-intestino-cérebro.

O PAPEL DO MICROBIOMA NA SAÚDE GERAL DOS ANIMAIS DE COMPANHIA

Jan Suchodolski (Texas A&M University, USA), especialista em ciências do microbioma, falou sobre o impacto do microbioma na saúde geral dos animais de companhia. O responsável descreveu o microbioma como um órgão metabólico com um importante impacto na saúde dos animais de companhia. Este impacto já foi descrito no sistema gastrointestinal, bem como em patologias não intestinais, como dermatite atópica, diabetes mellitus e obesidade.

Suchodolski abordou também o tema da disbiose intestinal e como está associada a alterações gastrointestinais agudas e crónicas, e de como alterações na microflora secundárias a tratamentos com antibióticos podem persistir no tempo, que recorrentemente tratamos com novos antibióticos.

Em humanos, a disbiose intestinal induzidas por antibióticos, sabe-se que está relacionada com o desenvolvimento de alergias, obesidade e de IBD. Terminou com a referência a novas terapêuticas como transplante de microbiota fecal e como estas abordagens apresentam resultados promissores.

ALIMENTAR OS MICROORGANISMOS INTESTINAIS PARA UM CÉREBRO SAUDÁVEL

A médica e investigadora Naama Geva-Zatorsky (Technion Integrated Cancer Center, Israel) falou sobre o eixo intestino-cérebro, com a apresentação dos estudos que desenvolveu sobre as interações da microbiota intestinal e o seu papel na fisiologia do hospedeiro.

Segundo estudos recentes existe uma correlação entre a microbiota intestinal e alterações cerebrais, como alterações comportamentais e alterações psicológicas. Naama referiu ainda que existe um número cada vez maior de estudos que associam a microbiota intestinal ao tratamento de doenças imunomediadas, como por exemplo, a exposição das crianças a animais de companhia reduz o risco de asma.

STRESS OXIDATIVO E O EIXO MICROBIOTA_ INTESTINO_CÉREBRO

Anna Maria Eleuteri (University of Camerino, Italia), especialista em bioquímica clínica, explicou como a modulação da microbiota intestinal, através da administração de probióticos, pode modular as vias metabólicas, aumentar a atividade enzimática antioxidante e favorecer os mecanismos de reparação do DNA.

PROBIÓTICOS: EFEITOS GASTROINTESTINAIS IMUNOESTIMULANTES

Mike Lappin (Colorado State University, USA), especialista em doenças infecciosas, enfatizou a importância de confirmar o probiótico em cada produto comercial e que estudos de suporte apresentam sobre a estirpe bacteriana utilizada. Referiu que existe evidência de que alguns probióticos induzem efeitos imunomoduladores com benefícios potenciais para o maneio da doença inflamatória intestinal, atopia, ou doenças infeciosas com envolvimento sistémico (ex. herpesvirus felino-1, FHV-1).

As doenças infeciosas são comuns em animais de companhia, logo o potencial dos probióticos impactarem a prática clínica é significativa. O Prof. Lappin salientou que muitos dos estudos desenvolvidos com o E. faecium SF68 (FortiFlora®-Nestlé Purina PetCare), como disponibilizar E. faecium SF68 quando administramos amoxicilina / ácido clavulânico, demonstrou que os probióticos podem reduzir os sinais clínicos adversos associados. Entre outros resultados, o E. faecium SF68 demonstrou manter um nível mais elevado de anticorpos após a vacinação contra a Esgana em cacorros, reduzir o nº de episódios de conjuntivite FHV-1 em gatos e reduzir o nº de dias de diarreia não específica em gatis.

EFEITO IMUNOMODULADOR DO COLOSTRO BOVINO

Imunologista reconhecido, Ebenezer Satyaraj (Director da Nutrição Molecular no Centro de Investigação Nestlé, St. Louis, USA), falou sobre como a nutrição pode impactar o sistema imunitário, através de ingredientes especiais ou através de probióticos. O intestino é o maior órgão imune, logo uma parte significativa do sistema imunitário pode interagir com o que comemos ou com o que disponibilizamos aos nossos animais de companhia.

O Dr. Satyaraj estudou o efeito do colostro sobre os sistemas gastrointestinais e imunitário. Referiu que suplementar a microbiota intestinal com colostro aumentou de forma significativa a diversidade e estabilidade da microbiota. O colostro bovino contém muitos componentes bioativos e antimicrobianos, que tratam e previnem doenças em humanos e animais.