"Programa PRO_MOV"

Em janeiro deste ano de 2022, a Nestlé foi o ponto de partida na implementação em Portugal do programa PRO_MOV by Reskilling 4 Employment. Trata-se de um projeto que consiste numa ação de formação dirigida a Técnicos de Manutenção Eletromecânicos, no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) do Porto que, embarcaram numa formação intensiva, com o mais alto nível de retenção na aprendizagem, preparando-se para o próximo passo do plano: a formação em contexto real de trabalho. Esta componente prática do programa é remunerada e arrancou no dia 19 de setembro, na Fábrica da Nestlé, em Avanca.

São várias as mais valias de colocar em prática um programa deste género, como explica Maria do Rosário Vilhena, Head of Human Resources Iberia da Nestlé. “Como grande objetivo, pretendemos que estas atividades de formação sejam, simultaneamente, capazes de evitar a erosão das competências profissionais, ajudar os desempregados a manterem as suas competências, promover a criação direta de emprego e ajudar os cidadãos a não perderem o contacto com o mercado de trabalho e com as suas redes de contacto social”, começa por dizer a responsável.

“O investimento na formação contínua dos nossos Colaboradores, bem como no recrutamento e na apresentação de novas oportunidades faz parte integrante da cultura e dos valores da Nestlé”, afirma ainda. “Desenhámos, juntamente com o Serviço de Formação do Porto do Instituto do Emprego e Formação Profissional, um “laboratório industrial”, capaz de dar formação teórica e prática, permitindo aos formandos uma experiência imersiva na nossa fábrica de Avanca, com uma aprendizagem on-the-job, área onde esta fábrica – de excelência no fabrico de produtos alimentares e bebidas à base de cereais – tem já uma longa experiência, fruto dos cursos de ensino dual que aí tem levado a cabo, em parceira com a Escola Profissional de Aveiro”, acrescenta Maria do Rosário Vilhena.

E é desta próxima colaboração entre empresas privadas e o setor público à escala europeia, que a Nestlé se orgulha de fazer parte, sendo uma das entidades líder deste programa, “oferecendo aos formandos novas ferramentas, através de um forte acompanhamento e, assim, a possibilidade de construírem um futuro de sucesso", conclui a responsável.

Os formandos: na primeira pessoa

É a componente prática e o facto de ser remunerado, bem como o acompanhamento e apoio permanente de um profissional experiente na área, que torna esta metodologia diferenciadora e decisiva para a aceleração da requalificação dos formandos.

José Costa tem 55 anos e vive na Maia. Aquando da inscrição na formação estava desempregado, e como a Manutenção Eletromecânica sempre foi uma área pela qual se interessou não hesitou em fazer parte deste programa. “É uma área conhecida e que já chefiei no meu percurso profissional e que sempre gostei e considero essencial na indústria, para os processos serem mais produtivos. Há sempre algo a melhorar, os equipamentos estão sempre a evoluir tecnologicamente, obrigando que a formação e requalificação esteja sempre presente”, diz José Costa.

O facto de ser um programa remunerado faz também a diferença entre os formandos:
“De certa forma é gratificante e compensa o nosso esforço e trabalho, mantendo o foco e dando motivação, e permite que o esforço do orçamento familiar não seja tão grande”
, diz José que destaca ainda o formato e módulos escolhidos, bem como tempo do estágio. “Pode ser mais vantajoso pela oportunidade que as empresas dão, e a integração nas equipas da área que tivemos formação”, refere. E é essa integração que os formandos estão a viver neste momento. “Na parte prática, o acompanhamento está a ser feito não só pelo responsável do sector, mas também por toda a equipa, o que é recompensador e estimulante”, acrescenta José Costa que tem como grande objetivo adquirir, nesta formação, conhecimentos e competências que lhe permitam voltar a estar empregado e construir uma carreira profissional noutra área.

“Ser uma formação remunerada é gratificante e compensa o nosso esforço e trabalho, mantendo o foco e dando motivação. Na parte prática, o acompanhamento ser feito não só pelo responsável do sector, mas também por toda a equipa, é recompensador e estimulante.”
José Costa, formando na Fábrica da Nestlé, em Avanca

Também Sérgio Soares tem esse objetivo. “Inscrevi-me porque estava desocupado e sem perspetiva futura laboral. Foi um novo desafio, uma forma de tentar uma reciclagem e tentar regressar ao mercado de trabalho”, refere Sérgio, que tem 52 anos e é natural de Vila Nova de Gaia. O interesse por esta área já é antigo. Durante três anos, até ao 12.º ano, fez um Curso Técnico Profissional de Manutenção Mecânica, mas depois veio o serviço militar obrigatório, e quando regressou ao trabalho, ficou na área comercial. “A mecânica foi sempre o meu hobby desde os carros clássicos ao jardim e a casa, a oficina é o local da casa onde passo mais tempo, sempre comprei muitas ferramentas e gostei de efetuar as reparações e arranjos caseiros”, confessa. Para Sérgio, a componente prática deste programa é uma das vantagens: “Conseguimos perceber se, de facto, estamos preparados para os desafios do dia a dia nesta função, e percebemos se nos conseguimos adaptar-nos a desempenhar a profissão.”

“Foi um novo desafio e uma forma de tentar regressar ao mercado de trabalho. Conseguimos perceber se, de facto, estamos preparados para os desafios do dia a dia nesta função.”
Sérgio Soares, formando na Fábrica da Nestlé, em Avanca

Mas o projeto não fica por aqui: as inscrições para a integração num novo curso de Técnicos de Manutenção Eletromecânicos, em 2023, abrem já em novembro deste ano. O processo de entrevistas vai decorrer ao longo do mês de dezembro, dando assim a oportunidade aos interessados em ingressar num plano de requalificação inovador, com um elevado nível de envolvimento da empresa e acompanhamento.